A CANÇÃO DA SIMPLICIDADE

Buscai a simplicidade.
 

Porque este é o ritmo da natureza; e ao seguí-lo, estareis entrando em sincronia com o Universo. É para baixo que as águas correm, e no céu noturno que as estrelas reluzem.
 

Tudo que vos cerca, vos ensina a simplicidade. O sol nasce todas as manhãs, para iluminar o vosso labor; e se recolhe todas as tardes, para que a placidez do luar vos convide ao descanso.
 

A flor surge de um botão, abre as suas pétalas e desabrocha em beleza e perfume; encerrado, porém, o seu ciclo, cai sobre o chão e torna-se adubo, ajudando a nascer outros botões.

Simples assim, é a natureza. E na sua simplicidade reside a fórmula da renovação, que a sustenta através dos séculos, e deveria orientar os vossos pensamentos e as vossas ações.
 

Deveríeis ser como a criança, que na sua simplicidade tem a melhor visão da vida: chora as suas tristezas e sorri a sua alegria, vivendo com intensidade todas as horas e as emoções do seu dia.
 

Entretanto, não é assim que fazeis. E, ao invés de perceber a simplicidade da vida, perdei-vos em complicadas elucubrações, que vos roubam a felicidade de ser e açulam os vossos medos.
 

No amor, deveríeis pura e simplesmente gozar a alegria do encontro; o prazer de estardes juntos. Todavia, são as separações e incertezas que mais ocupam espaço em vosso pensamento.
 

No trabalho, encontraríeis a realização de criar; de contribuir para um mundo melhor. Entregai-vos, contudo, ao medo da demissão; ao tormento  de vigiar os vossos ganhos e os vossos colegas.
 

Àqueles que vos cercam, seria fácil verdes como vossos irmãos e companheiros de jornada; tolerar os seus defeitos e admirar as suas virtudes, para que juntos pudésseis caminhar.
 

Difícil vos é, entretanto, vencer os vossos preconceitos; respeitar ideias e sentimentos diferentes dos vossos, admitir que cada um tem as suas próprias verdades e age de acordo com elas.
 

Simples seria viver, se assim procedêsseis. Optais, porém, pela insegurança e pelo orgulho, que vos levam a impor as vossas opiniões, como se outra verdade não existisse, senão a vossa.
 

Deveríeis, simplesmente, desfrutar de tudo que tendes; mas preferis valorizar o que vos falta. E assim abrigais o sofrimento da frustração, quando  poderíeis desfrutar da alegria da gratidão.
 

Ao abandonar o que é simples, complicais as vossas vidas. E nas vossas inquietações desperdiçais o valioso tempo de que dispondes para desfrutar da Vida, em toda a sua plenitude.  

Buscai a simplicidade. É através dela, que podereis encontrar a felicidade.

Música:

http://ohassan.dominiotemporario.com/midis/emiliepandolfi_ebbtide.mid

Para pensar:

http://youtu.be/njcAOjJayoE